segunda-feira, 27 de agosto de 2007

"Invalidando a Palavra de Deus"

"É impossível calcular o dano moral, se é que posso chamá-lo assim, que a mentira mental tem causado na sociedade. "
Thomas Paine

O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová tem ensinado sobre a necessidade de cada um deixar que a Palavra de Deus guie seus passos. A revista A Sentinela considerou, em forma de estudo, na edição de 1º de Maio de 2007 o artigo “Deixe a Palavra de Deus Guiar Seus Passos” (pp 14-18).
Não resta dúvida de que o cristão para obter o favor de Deus e ser bem-sucedido na vida precisa se deixar guiar pelos princípios oriundos da Palavra de Deus. Cabe, porém, um alerta para aqueles que, porventura, estejam se associando com as Testemunhas de Jeová:

SEJAM CAUTELOSOS; NÃO ACREDITEM SEM COMPROVAÇÃO; TENHAM MENTE ABERTA.

Algumas perguntas são apropriadas antes de começarmos a considerar partes do artigo citado:

1. Baseiam, realmente, as Testemunhas de Jeová seus ensinamentos na Palavra de Deus, a Bíblia?
2. Se a resposta for afirmativa, será que vivem em conformidade com o que ensinam?
3. Até que ponto a hipocrisia tem influenciado esta religião?

Façamos, agora, um escrutínio no artigo em questão para avaliarmos o grau de “verdade” na doutrina jeovista.

“Qualquer pessoa que tentar dirigir o próprio passo sem aceitar ajuda qualificada inevitavelmente ficará frustrada. Sem dúvida, a humanidade precisa de orientação!”... “Não resta dúvida: Jeová dá a melhor orientação. Mas como exatamente ele faz isso?” – [§§ 2,3]

É fato que, tentar o ser humano guiar a si próprio não resulta, e nem nunca resultará, num mundo melhor. Somos como “objetos” que necessitam de um manual de instruções para evitar danos no manuseio.
Depois de prefaciar muito bem, o Corpo Governante pergunta “como” Jeová orienta as pessoas.
É nesta pergunta que mora o perigo. Será a partir daqui que os “barões do conhecimento” farão toda a manipulação necessária para encarcerar a consciência daqueles que jazem acorrentados à política exclusivista e arbitrária da Watch Tower Society (Sociedade Torre de Vigia).

“As declarações e os lembretes de Deus encontram-se na Bíblia, e podem nos ajudar a vencer obstáculos que talvez apareçam em nosso caminho...Ao enfrentarmos os desafios do dia-a-dia, princípios encontrados na Bíblia devem guiar nossos passos para tomarmos decisões sábias e evitarmos as armadilhas deste mundo...Vejamos mais de perto como as declarações de Deus, encontradas na Bíblia, podem ser lâmpada para nosso pé e luz para a nossa senda.” [§§ 4,5]

De acordo com as palavras da liderança jeovista, acima, todo e qualquer princípio que possa ‘nos ajudar a vencer obstáculos’ e os ‘desafios do dia-a-dia’, bem como a tomar ‘decisões sábias e evitarmos armadilhas do mundo’, só podem ser encontrados na Bíblia. Mas é justamente aqui que começam as discrepâncias.
O fundador da organização hoje conhecida como Testemunhas de Jeová, Charles Taze Russel, não pensava assim. Segundo ele, os escritos da organização é que davam todo o suporte para a salvação aos “verdadeiros” cristãos. Vejamos o que ele disse:

"Além do mais, não só achamos que as pessoas não podem visualizar o plano divino ao estudar a Bíblia em si mesma, mas entendemos outrossim que se alguém põe de lado o "Studies in the Scriptures"*, mesmo depois de os ter usado, depois de ter se familiarizado com eles, depois de os ter lido por dez anos -- se então os põe de lado e ignora e vai para a Bíblia sozinho, embora já entenda a Bíblia há dez anos, nossa experiência demonstra que ele vai para as trevas dentro de dois anos. por outro lado, se ele tivesse simplesmente lido o "Studies in the Scriptures"com suas referências, e não tivesse lido uma página da Bíblia, semelhantemente, estaria na luz ao término de dois anos, porque teria a luz das Escrituras." A Sentinela de 1/9/1910, pág. 298 (em inglês)

*"Studies in the Scriptures" ("Estudos das Escrituras") -- C. T. Russell -- Obra composta de 6 volumes ao todo, inicialmente com o nome "Millennial Dawn" ("Aurora do Milênio"), o maior legado do "Pastor" Russell a seus seguidores. Em 1886 foi escrito o primeiro de seus volumes -- "The Divine Plan of the Ages" ("O Plano Divino das Eras").

De acordo com Charles Taze Russel, estudar apenas a Bíblia não garante nem entendimento nem salvação. É necessário, segundo ele, que a pessoa faça amplo uso da literatura da organização para alcançar a ‘luz’. Estudar somente a Bíblia mesmo que por ‘dez anos’ – diz Russel – “a experiência mostra que dentro de dois anos ele fica na escuridão”. A menos, é claro, que estude os escritos publicados pela religião.
Mais recentemente, a revista A Sentinela (principal publicação das Testemunhas de Jeová em todo o mundo) voltou a colocar a Bíblia em segundo plano, dando ênfase à Organização Torre de Vigia como canal de comunicação usado por Deus para guiar seus servos na Terra.

“A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa o quanto leiamos a Bíblia.” – A Sentinela de 1°/8/1982, p. 27 (em português)
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“Para obtermos conhecimento exato da Palavra de Deus e chegarmos a entender seus princípios, treinamos nossa consciência para tomarmos decisões que agradam a Jeová.” [§ 6]

O ‘treinar’ a consciência mencionado aqui deve ser entendido como um processo sistemático e repetitivo de manipulação por meio de distorções feitas nos textos bíblicos que acabam servindo de malabares nas mãos dos líderes insanos do mundo da Torre de Vigia. A lavagem cerebral que é feita nos membros, torna impenetrável qualquer esclarecimento que vá de encontro com o ensinamento jeovista.
São levados a crer que realmente estão sendo guiados pela Bíblia. Sempre que as publicações das Testemunhas de Jeová fazem um comentário, este é seguido de um versículo bíblico extraído para validar o que a liderança acha mais conveniente .

“...imagine que alguns colegas de trabalho lhe ofereçam um ingresso para você ir com eles a um evento esportivo. Eles gostam de trabalhar com você e querem sua companhia em atividades sociais fora do trabalho. Talvez você tenha a forte impressão de que essas pessoas não são más. Pode ser que até mesmo tenham alguns bons princípios. O que fará? Haveria algum perigo em aceitar o convite? Como a Palavra de Deus pode ajudá-lo a tomar a decisão certa nessa ocasião?” [§ 7]

O acima é um exemplo clássico de quem tem uma mentalidade tacanha. As pessoas que se achegam à Organização das Testemunhas de Jeová nem se dão conta de que um dia se verão confrontadas com uma realidade dura; verão e sentirão que o ‘paraíso espiritual’, costumeiramente citado em suas reuniões e publicações, não é tão paradisíaco como dizem.
Todo o trabalho de manipulação para fechar a pessoa num verdadeiro cárcere intelectual e social visa deixá-la sem chão quando for vítima de um julgamento insensível e desumano da parte dos anciãos (títeres da Torre). Diante de um processo de exclusão a pessoa não terá para onde correr.

Como não tem mais os “amigos” da irmandade e muitas vezes nem mais o apoio da família (quando formada por membros da religião), também não tem a quem recorrer fora dos muros da Torre, visto que foi persuadida a crer que os “mundanos” não são merecedores da amizade de uma Testemunha de Jeová, que eles podem arruinar a sua espiritualidade e, conseqüentemente, sua relação com Deus e seu Filho Jesus Cristo.
Como exemplificado no parágrafo (7) do artigo em consideração, mesmo em situações absolutamente insignificantes o Corpo Governante se mete para evitar que sejam criados vínculos com aqueles que não compartilham as mesmas crenças. O exemplo em questão envolve o local de trabalho. Neste caso, um colega de trabalho lhe oferece um ingresso para uma apresentação esportiva ou para assistirem a um filme no cinema. O que fazer?
Note que não se trata de uma pessoa sem caráter, cujo estilo de vida represente algum perigo para você ou para a sua família. Parte do parágrafo menciona: “Pode ser que até mesmo tenham alguns bons princípios”.

Mas, para as Testemunhas de Jeová, não importa quantos bons princípios alguém tenha. Se esse alguém não é Testemunha de Jeová, seus bons princípios de nada valem.
A maioria dos dessa religião costuma dizer:

TJ[1] – “Fulano é uma pessoa maravilhosa! Sempre disposta a ajudar os que precisam. Já observou como Fulano vive bem com a família? A esposa sempre comenta o quanto ele é amoroso. Todo mundo gosta dele! Só falta se tornar Testemunha de Jeová!”

TJ[2] – “Pois é, meu irmão, então falta tudo!”

O parágrafo é encerrado com a pergunta: ‘Como a Palavra de Deus pode ajudá-lo a tomar a decisão certa nessa ocasião?’
O uso desta pergunta induz o leitor a achar que a Bíblia, de fato, tem orientações determinantes acerca dos desatinos dos líderes jeovistas.

“No entanto, há uma nítida diferença entre ser amistoso com um colega de trabalho e ser amigo achegado dele.” [§ 9]

As Testemunhas de Jeová são ensinadas a não se misturarem com pessoas que não compartilham as mesmas crenças. Em outras palavras, se você não for Testemunha de Jeová não serve para ter a amizade daqueles que são. Segundo eles, ter tais amizades é uma ofensa a Deus. Ser “amistoso”, que é tolerável para eles, se resume a tratar a pessoa com educação. As pessoas de fora podem ser colegas, amigas nunca (exceto quando forem batizadas como Testemunhas de Jeová).
Onde, na Bíblia, há tal princípio de segregação? Não diz a Bíblia que Deus ama a todos? Não é a mesma Bíblia que diz que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus? O ensinamento jeovista, ensino este que divide a raça humana entre aqueles que merecem a salvação e os que não merecem, não passa de um método de aprisionamento ideológico que mantém os membros no redil, saciando a sede de domínio dos líderes e, em muitos casos, saciando também a sede material.


“Algumas traduções da Bíblia vertem essas palavras assim: “Não se juntem”, “não formeis parelha incoerente” ou “não vivam lado a lado em ligação”. A Palavra de Deus, a Bíblia, pode guiar seu passo nessa situação.” [§ 9]

Este parágrafo se refere ao texto bíblico de 2Coríntios 6:14,15 onde lemos: “Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos. Pois, que associação tem a justiça com o que é contra a lei? Ou que parceria tem a luz com a escuridão? Além disso, que harmonia há entre Cristo e Belial? Ou que quinhão tem o fiel com o incrédulo?”

Devemos, no entanto, lembrar que o contexto de tais versículos não são relacionados à amizade, mas se refere à mistura de sistemas religiosos incompatíveis. Vamos considerar algumas perguntas escrutinadoras acerca dos versículos em questão.

Ø O fato de alguém não pertencer a minha religião o torna um agente do Diabo?
Ø Se a justiça não tem associação com o que é contra a lei, por que Jesus Cristo disse que veio para os pecadores e não para os justos?

Pessoas que não vivem debaixo da rigidez de um sistema religioso estão na ‘escuridão’. Jesus muitas vezes disse ser, ele, a luz do mundo. As Testemunhas de Jeová dizem ter respaldo bíblico para não ter vínculos de amizade com os “mundanos”, usando o texto em consideração que, em parte, diz: “...que parceria tem a luz com a escuridão?”

A pergunta é:
Ø Por que Jesus Cristo era visto, sempre, ao lado das pessoas mais desprezadas (ladrões, gananciosos, prostitutas, adúlteras, hipócritas etc) da sociedade judaica?

Usar versículos isolados da Bíblia para tentar apoiar comportamentos descabidos é uma característica do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová. Antes de defendermos qualquer ensino como sendo cristão, precisamos entender se o Mestre Jesus Cristo demonstrava tal atitude, se apoiava em palavras e/ou ações, estabelecendo parâmetros para nos pautarmos.
Devemos nos esforçar para compreender a mente de Cristo. Assim, estaremos aptos para agir, verdadeiramente, como Seus seguidores.


“Mas Jesus também estabeleceu limites bem definidos com respeito a sua escolha de amigos. Ele não formou vínculos achegados com pessoas que não tinham interesse sincero em fazer a vontade de seu Pai.” [§ 10]

Isso parece um tanto contraditório! É óbvio que Jesus Cristo não aderia ao estilo de vida daqueles com quem lidava, mas em nenhum momento deixou de ser amigo de pessoas que eram rejeitadas pela sociedade da época, mesmo quando estas não tinham um bom histórico moral. Faremos bem em lembrar a situação incômoda que havia entre judeus e samaritanos. O que imperava entre os judeus (até então o povo consagrado de Deus) era um senso de superioridade em relação aos de Samaria. O preconceito doentio fazia parte de todos os âmbitos da vida. Mesmo assim, o Mestre Jesus Cristo demonstrou uma atitude amistosa para com os samaritanos.
Na parábola do Bom Samaritano (note a ênfase dada ao bom caráter, o que realmente importa para Deus, do samaritano), Jesus mostrou que os judeus preconceituosos não sabiam amar o seu próximo, mas o samaritano – odiado, desprezado – não só sabia, mas principalmente, agiu em conformidade com a lei do Cristo, a saber, o amor.
Noutra ocasião, junto ao poço de Sicar, Jesus passou por cima das regras que vigoravam no sistema religioso do qual fazia parte (não nos esqueçamos que Jesus era “membro” do judaísmo) para ter uma atitude que só pessoas amigas têm, ao oferecer ajuda a uma mulher samaritana que tinha um estilo de vida imoral.


Observe agora o que o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová diz aos seus adeptos no livro VENHA SER MEU SEGUIDOR (lançado no Congresso de Distrito – “Siga a Cristo” – 2007), página 40, §15:

“Quando Jesus conversou com uma mulher samaritana junto a um poço em Sicar, seus discípulos ficaram surpresos. Por quê? Naquela época os judeus em geral odiavam os samaritanos; essa animosidade já existia havia muito tempo. (Esdras 4:4) Além disso, alguns rabinos encaravam as mulheres de modo depreciativo. As leis rabínicas, que mais tarde foram postas por escrito, desincentivavam os homens de conversar com mulheres; até davam a entender que não se lhes devia ensinar a Lei de Deus. Em especial as mulheres samaritanas eram encaradas como impuras. Jesus ignorou esses preconceitos injustos e ensinou abertamente à samaritana (que tinha uma vida imoral). Ele até revelou a ela sua identidade como o Messias.
– João 4:5-27”

Consegue imaginar a surpresa estampada no rosto de cada um dos discípulos? Alguns podem até mesmo ter comentado entre si: ‘Como pode o mestre conversar com aquela mulher que, além de tudo, é samaritana? Não fomos ensinados que estas são impuras?’
Muitas Testemunhas também ficam surpresas quando vêem alguns irmãos em companhia de pessoas do mundo, os rejeitados “mundanos”.
A atitude dos judeus, e até dos discípulos, foi classificada na citação acima, extraída do livro ‘Venha Ser Meu Seguidor’, como “preconceitos injustos”.
Que dizer, então, da atitude das Testemunhas de Jeová em relação às pessoas que não compartilham a sua fé?

“Por exemplo, um cristão desempregado pode receber a oferta de um emprego do qual precisa muito. Mas a carga horária é grande, e, se aceitar o emprego, ele vai perder várias reuniões e outras atividades relacionadas com a adoração verdadeira. Em todas essas situações, devemos deixar que a Palavra de Deus seja uma lâmpada para nosso pé.” [§11]

Pare por alguns instantes e reflita no parágrafo acima.
Um cristão desempregado...
Imagine a angústia de um pai de família não podendo honrar seus compromissos, vendo seus filhos em carência de coisas elementares, tais como: alimentação, vestimenta, em alguns casos o aluguel da residência, assistência médica, remédios etc. Sem dúvida, a oferta de um emprego seria uma bênção considerável!
Mas, quando isso acontece entre as Testemunhas de Jeová o desfecho é diferente. A pessoa desempregada terá de levar em conta se a carga horária naquele emprego irá ‘atrapalhar’ as atividades “teocráticas”.
Se a aceitação do emprego resultar em perda de reuniões no Salão do Reino, a pessoa será exortada a ‘buscar primeiro o Reino’; aceitar tais condições fará com que a pessoa seja rotulada como “sem fé na capacidade provedora de Jeová”. Se a Palavra de Deus deve ser a lâmpada para nosso pé, devemos prestar muita atenção para nos certificarmos do que ela realmente ensina.
Sabemos que a Bíblia nos incentiva a “não deixar de nos ajuntar” (Hebreus 10:23-25) mas, sabemos também que em 1Timóteo 5:8 lemos a seguinte orientação:
“Certamente, se alguém não fizer provisões para os seus próprios, e especialmente para os membros de sua família, tem repudiado a fé e é pior do que alguém sem fé.”

Deixar de fazer provisões para a família e algo que não agrada a Deus. É como repudiar a fé! Não fazer provisões quando não há ofertas de emprego é muito diferente de haver ofertas e estas serem recusadas por capricho dos líderes de uma organização insensível que lembra muito o comportamento dos fariseus que criaram uma infinidade de regras desarrazoadas e as puseram nos ombros do povo.

“Podemos confiar que as declarações escritas de Jeová tornam “sábio o inexperiente”.” [§ 18]


Sim, as declarações que REALMENTE procedem de Jeová, e que estão escritas em sua Palavra, a Bíblia, são dignas de confiança. Mas confiar em deturpações feitas para apoiar um modo legalista e insensível de ensinar os princípios cristãos não pode, em nenhum momento, merecer a nossa confiança.

Agora estamos preparados para responder às perguntas feitas no início do artigo, a saber:

1. Baseiam, realmente, as Testemunhas de Jeová seus ensinamentos na Palavra de Deus, a Bíblia?
2. Se a resposta for afirmativa, será que vivem em conformidade com o que ensinam?
3. Até que ponto a hipocrisia tem influenciado esta religião?

Procure responder às perguntas acima com plena honestidade, mesmo que isto resulte em respostas que desagradam, num primeiro momento.
Certamente, podemos citar aqui as palavras do próprio Jesus Cristo quando disse aos fariseus e escribas de Jerusalém aquilo que pode ser dito também ao Corpo Governante das Testemunhas de Jeová:

“E assim invalidastes a palavra de Deus por causa da vossa tradição.”
– Mateus 15:6

"Nenhuma qualidade nos proporcionará mais amigos do que a disposição para admirar as qualidades dos outros." James Boswell

quarta-feira, 2 de maio de 2007

REVIVENDO A INQUISIÇÃO.

Criada em 1233 pelo Papa Gregório 9°, a Santa Inquisição (tribunal de clérigos com o poder de acusar, julgar e condenar inimigos da Igreja) trouxe horror e desgraça à humanidade, numa era que parecia proibir as pessoas de pensar e expressar suas opiniões.
Quem ousasse questionar a autoridade do Papa e/ou a autenticidade de suas ordens, não tinha sequer o direito de se defender. Eram chamadas aos tribunais eclesiásticos para que fosse encenado um julgamento que já estava previamente decidido. Os que não se retratassem, se submetendo aos desatinos da Igreja, morriam como hereges, queimados vivos em praça pública.
Dentre os muitos que perderam a vida às mãos dos que afirmavam ser o povo de Deus estava o Mestre John Hooper (Bispo de Worcester e Gloucester).
Por não aceitar a autoridade do Papa, Mestre Hooper foi julgado e preso. Tendo passado dezoito meses no cárcere, ele escreveu:

“...fui transferido para a prisão fechada ocupando um aposento na Torre da prisão Fleet onde fui tratado com extremo rigor. Depois, graças à intervenção de uma boa senhora, tive a liberdade de poder descer na hora do almoço e do jantar. Mas não me era permitido falar com nenhum dos meus amigos. Pelo contrário, terminada a refeição, eu devia voltar ao meu aposento.
Depois de pouco mais de três meses...fui tranca[do] numa cela comum... A minha cela era imunda e mal cheirosa; a cama não era mais que uma camada de palha embaixo de um lençol podre e uma fronha contendo algumas penas...
Num dos lados da prisão está o esgoto e o lixo da casa, no outro, corre o fosso da cidade, de modo que o fedor do local infectou-me com várias doenças. Durante o tempo em que estive enfermo, as portas, travas, cadeados e correntes sempre ficaram fechados e trancados. Eu gemia, chamava e gritava pedindo ajuda. Mas o administrador,...dava ordens para que as portas continuassem trancadas e ninguém de seus homens viesse me ver. Fui privado de meus bens, meu meio de vida, meus amigos e meu conforto. – Sete de Janeiro de 1555.” - (O Livro dos Mártires, de John Foxe, pp 174-175)

No dia da execução do Mestre Hooper, podia-se notar um grau de crueldade, por parte dos religiosos, peculiar aos demônios.

“Durante todo esse tempo suas partes inferiores iam queimando; a lenha era tão pouca que a chama não ardia forte nas partes superiores. Depois de um curto tempo um terceiro fogo foi aceso, mais poderoso que os outros dois. Quando sua boca ficou preta e a língua inchada e ele já não conseguia falar, seus lábios ainda se movimentaram até que se retraíram descobrindo-lhe as gengivas. Então batia com as mãos no peito até que um dos braços caiu e ele continuou batendo com o outro. Nesse ponto, a gordura, o líquido e o sangue pingavam da ponta dos dedos, até que , renovado o fogo, sua força se exauriu e, ao bater, sua mão colou-se firme à argola de ferro sobre seu peito. Assim, ele ficou no fogo por três quartos de hora ou mais.”
(O Livro dos Mártires, de John Foxe, p 186)

O exemplo deste homem piedoso é apenas uma amostra do sofrimento gratuito imposto pela Inquisição.
Mas porquê se preocupar com tais coisas, visto que aconteceram há tantos séculos?
Toda a crueldade sofrida por Mestre Hooper ocorreu no século XVI, mas nós em pleno século XXI temos motivos de sobra para nos preocuparmos com a maneira usada por algumas religiões no julgamento de membros.
É possível ver que a Inquisição resiste, incólume, nos dias atuais numa roupagem menos agressiva aos olhos. Esta releitura da Inquisição foi feita, e é hoje usada, pela Organização Religiosa conhecida como Testemunhas de Jeová.
As Testemunhas de Jeová são dirigidas por um grupo de 09 homens que compõem o Corpo Governante. É o Corpo Governante quem decide como devem viver os mais de 6 milhões de membros em todo o mundo.
Tal como acontece no Catolicismo em relação ao Papa, entre as Testemunhas de Jeová o Corpo Governante constitui autoridade inquestionável. Suas decisões são encaradas como vindas diretamente de Deus. Questionar o “papa jeovista” seria o mesmo que questionar o próprio Deus, na visão dos membros.
A política interna é rígida. O que impera nesta religião é o legalismo, a arbitrariedade e a insensibilidade no que tange ao tratamento dispensado aos que transgridem o código de normas da Organização.
Não concordar com qualquer das orientações procedentes do Corpo Governante e compartilhar isso com outros é motivo para a formação imediata de uma Comissão Judicativa (nome que se dá ao tribunal eclesiástico composto por 03 juízes (anciãos) ou mais) para tratar da acusação de apostasia. Digno de nota é o fato de que tais reuniões são feitas em secreto, às portas fechadas.
O “herege” é assim interrogado e exortado a abandonar seu conceito duvidoso e se submeter humildemente à disciplina de “Jeová” por meio de seus representantes.
Se houver “arrependimento”, a pessoa sofrerá restrições na Congregação, ficando em observação e poderá sofrer uma ‘repreensão judicativa’, ocasião em que é feito um discurso à Congregação alertando acerca da influência corrosiva de falsos ensinos e idéias apostatas que aparentemente estão se infiltrando (isso é feito sem mencionar o nome do “errante”, o possível apóstata).
Ler um livro de outra religião e/ou acessar páginas na internet criadas por ex-membros, também resulta na formação de uma Comissão Judicativa. Caso não haja “arrependimento”, a pessoa acusada de apostasia passará por uma disciplina mais severa, desumana seria a palavra mais apropriada.

Sofrerá a EXCOMUNHÃO, que as Testemunhas de Jeová chamam de DESASSOCIAÇÃO. Aparentemente, uma disciplina normal no âmbito religioso. No entanto, a DESASSOCIAÇÃO é uma das piores torturas que alguém pode experimentar. A releitura da Inquisição, feita pelas Testemunhas de Jeová, pôs de lado a tortura física e apelou para a tortura psico-emocional.
Tendo sido doutrinada a não fazer amizade fora do seu meio religioso, o indivíduo se vê diante de uma situação emocionalmente desesperadora, visto que a desassociação o impede de manter contato com qualquer que se chame irmão, na fé. Um simples “oi”, como forma de cumprimento, é proibido; cartas, telefonemas, e-mails, contato visual, uma visita quando enfermo, nada é permitido. Se a família imediata fizer parte do rol de membros da religião jeovista, a situação fica pior.
Digamos que a pessoa punida more com os pais; se for maior de idade deverá ser colocada para fora de casa. Se já vive de forma independente, os pais deverão evitar receber em casa o filho ou filha que sofreu a pena máxima do código penal jeovista.
As crianças são ensinadas a encarar uma pessoa desassociada como se não existisse, o que gera preconceito e sentimento de superioridade. Às vezes o indivíduo perde até mesmo o emprego, se o patrão for membro da religião. Perde-se a auto-estima, a dignidade, a vontade de viver e tudo o que possa dar sustentação emocional. A DESASSOCIAÇÃO é um muro de isolamento religioso, social e familiar.
A desagregação familiar acaba sendo endossada pelo Corpo Governante; pais contra filhos e filhos contra pais, tudo para preservar os interesses de uma entidade humana. Proibir seus membros de visitar pais, parentes e amigos, mesmo que seja para cumprimentá-los, estando eles fora das fileiras das Testemunhas de Jeová é o cruel e insensível ato dessa organização.
Tais métodos de tortura, modernos, são um meio eficaz de fazer a pessoa retornar ao seio da religião. Não poder conversar com os membros ativos da Congregação possibilita ao Corpo Governante continuar exercendo controle e manipulando a mente de cada um que se torna Testemunha de Jeová.
As Testemunhas de Jeová não ferem apenas os direitos individuais daquele(a) que ousou questionar o todo-poderoso Corpo Governante, fere também os direitos constitucionais que nos foram conferidos pela Lei do país onde vivemos.
Até mesmo ler a Bíblia sem a intervenção da Organização lhes é privado o direito.
Raymond Franz foi representante por tempo integral das Testemunhas de Jeová por quase 40 anos, tendo passado 15 destes na sede internacional e, desses, os nove anos finais como membro do Corpo Governante Mundial das Testemunhas de Jeová.
Observe as palavras deste membro importante da Organização que não mais vive preso aos grilhões do mundo jeovista:

“Os métodos empregados regularmente pelas Comissões Judicativas compostas de anciãos seriam considerados indignos dos sistemas judiciários de qualquer país esclarecido. A mesma prática de ocultar informações criticamente importantes (como os nomes das testemunhas hostis), como também de usar informantes anônimos e táticas similares, descritas pelo historiador Paul Johnson como empregadas na Inquisição, têm sido usadas com grande freqüência por estes homens ao lidarem com os que não estão totalmente de acordo com o “canal”, com “a organização”. O que se dava então de fato, na história, é verdadeiro hoje na vasta maioria dos casos, conforme o expressa Johnson: ‘O objetivo era, simplesmente, arrancar confissões de culpa a qualquer custo; somente dessa maneira, pensava-se, a heresia poderia ser contida’.” – (Raymond Franz em seu livro Crise de Consciência, pág. 412)

Uma seita altamente perigosa para a preservação da instituição familiar; é isso que as Testemunhas de Jeová são!

“Como na Inquisição”, diz Raymond Franz, “todos os direitos estavam nas mãos dos inquisidores, os acusados não tinham nenhum. Os investigadores achavam que tinham o direito de fazer qualquer pergunta e, ao mesmo tempo, de recusar-se a responder às perguntas que lhes eram formuladas. Insistiam em manter seus procedimentos judicativos em segredo, completamente longe da vista de qualquer outra pessoa e, no entanto, reivindicavam o direito de investigar as conversas particulares e as atividades daqueles a quem interrogavam...”. – (Crise de Consciência, pág. 324)

Representantes da Organização informaram recentemente em discursos que têm registros de jovens que “caíram” da fé por se envolverem com a internet. Isso sugere que estão investigando a rede mundial em busca de pessoa que acessam páginas com informações sobre a religião. Invasão de privacidade! Desrespeito para com o cristianismo!
Pessoas são seguidas, membros que se destacam são escolhidos para se infiltrar em festas para vigiar os “irmãos” que ali estiverem se divertindo, outros são infiltrados em grupos de estudo congregacionais quando há suspeitas de que “idéias estranhas” estão sendo divulgadas, telefonemas no meio da noite são feitos para investigar com quem você anda e sobre o quê têm conversado, enfim...
A Inquisição ressurgiu com grande força, mas o trabalho de manipulação é tão eficiente que os membros não se dão conta da enorme palhaçada em que estão envolvidos; são levados a crer que estão sendo dirigidos por Deus, Jeová.
Sem dúvida, a ignorância é o grande mal que assola a humanidade desde o seu surgimento. Pior que a ignorância gritante é a canalhice daqueles que se acham os “barões do conhecimento”, os “senhores feudais” da consciência alheia. Enquanto houver o controle sobre as massas, por parte de homens desequilibrados, verdadeiros lobos em pele de ovelha, o mundo não dará um passo em direção à harmonia entre os povos.
Ser cristão é algo sublime, agradável e revigorante! Em Mateus 11:28-30, o fundador do cristianismo, Jesus Cristo torna claro o verdadeiro papel do modo de vida cristão.
O que o Império Religioso fez no passado é assombroso e em nenhum momento se assemelha ao modelo deixado por Jesus.
Do mesmo modo, hoje, religiões como as Testemunhas de Jeová continuam impedindo que as pessoas se unam num laço fraterno de amor e compreensão. As Testemunhas de Jeová vivem um mundo de medo, sendo vigiadas em tudo que fazem. O terror psicológico entre aqueles que sofreram a pena máxima do código jeovista, de fato, nos lembra os horrores da Idade Média.

"Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível".
Albert Einstein.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Licença para Mentir!

Pois é, pelo menos na mentalidade sutilmente manipulada das Testemunhas de Jeová, a mentira assume outras formas quando se trata de algo que vai favorecer o "povo de Jeová".Vejam por exemplo o que diz a Torre de Vigia:

"Uma Testemunha de Jeová estava no serviço de porta em porta na Alemanha Oriental quando encontrou um violento opositor. Sabendo de imediato o que esperar, ela trocou sua blusa vermelha por uma verde.... um oficial comunista perguntou-lhe se ela tinha visto uma mulher de blusa vermelha. Não, ela disse, e ele foi embora. Disse ela uma mentira? Não, não disse. Ela não é uma mentirosa. Antes, ela estava usando estratégia teocrática de guerra, ocultando a verdade por atos e palavras pelo bem do ministério."- A Sentinela de 1/5/1957, p. 285 (em inglês) Grifos acrescentados.

Será que ela realmente não mentiu? Existe uma nomenclatura difente quando quem precisa se safar é Testemunha de Jeová?
O Mestre Jesus Cristo foi bem direto ao abordar essa questão, ao dizer:

"Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira." - (João 8:44)
"Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna." - (Mateus 5:37)

Simples, não é mesmo? Jesus Cristo disse que é próprio ao Diabo proferir mentiras, pois ele é 'um mentiroso e o pai [originador] da mentira'. Enfatizou ainda que, se o nosso SIM não for sim e o nosso NÃO não tiver este sentido, tudo o que for dito "é de procedência maligna".É possível interpretar isso de outra maneira?Para o Corpo Governante, tudo é possível! Vejam, agora, como a cúpula jeovista considera a mentira:

"Embora a mentira maliciosa seja errada aos olhos de Jeová, ninguém é obrigado a divulgar informações verídicas a quem não tem o direito de sabê-las."- A Sentinela de 15/12/1993, p. 25 (em português)

Observem que o "iluminado" Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, na citação acima extraída de sua revista quinzenal, estabelece uma variante para a mentira. O que é errado "aos olhos de Jeová" (deve-se ler 'aos olhos dos líderes jeovistas') é a mentira MALICIOSA!Em outras palavras, existem mentiras inofensivas e até mesmo benéficas, segundo os "barões do conhecimento" da Torre de Vigia.
Nas palavras de Jesus Cristo, nos versículos supracitados, existe alguma brecha para se pensar assim?
Recentemente, as Testemunhas de Jeová estudaram em grupo um artigo publicado na revista A Sentinela (1º de Março de 2007) que chamou atenção para a mentira como sendo uma estratégia abençoada por Jeová em algumas situações.
Vejam o que diz o artigo:

"Os filisteus prenderam então Davi. Pode ter sido nessa ocasião que ele compôs, com profundos sentimentos, o salmo no qual rogou a Jeová: "Põe deveras as minhas lágrimas no teu odre." (Salmo 56:8 e cabeçalho) Ele expressou assim confiança que Jeová não se esqueceria de sua aflição, mas cuidaria amorosamente dele e o protegeria. Davi também pensou numa estratégia para enganar o rei filisteu: fingiu-se de louco. Ao ver isso, o Rei Aquis censurou seus servos por trazerem um "louco" perante ele. É óbvio que Jeová abençoou a estratégia de Davi. Ele foi expulso da cidade, escapando mais uma vez da morte por um triz. - 1Samuel 21:13-15". [p21, §8)

Analisemos as declarações dos que se dizem membros do 'escravo fiel e discreto'.No texto acima, as Testemunhas de Jeová são levadas a crer que Deus faria qualquer coisa para 'cuidar amorosamente e proteger' Davi, afinal Davi havia orado!Após ter orado, Davi "pensou numa estratégia [note que mentira, aqui recebe outro nome] para enganar o rei filisteu". De acordo com o relato bíblico, Davi compareceu diante do Rei com aspecto de louco, inclusive babando.Como se isso não bastasse, o Corpo Governante (representantes do 'escravo fiel e discreto') comete o desatino de declarar:

"É óbvio que Jeová abençoou a estratégia de Davi".

Quer dizer, então, que Jeová, o Deus da verdade abençoou a MENTIRA de Davi? Por quê? Porque essa mentira não se enquadra na categoria de 'mentira maliciosa'? O que Jesus Cristo disse a respeito?
Estaria o Corpo Governante preparando a mente coletiva dos adeptos de sua religião para posteriores revelações acerca das inúmeras mentiras plantadas na consciência de quem busca, inocentemente, servir a Deus?
Será que esse 'escravo', que ensina que Deus abençoa a mentira, é realmente 'fiel e discreto'?

"Uma religião que ensina mentiras não pode ser verdadeira."
Revista A Sentinela de 1 de Dezembro de 1991, p. 7

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Uma Organização Mascarada!

O uso de máscaras indica a intenção de quem a usa em esconder sua verdadeira face. Nos teatros foram, e continuam sendo, muito usadas para representações dramáticas. Não é difícil saber o que alguém quer dizer ao se referir a outrem usando a expressão: "Como fulano é mascarado!"
Diante disso, não só pessoas mas, também, intituições seculares e religiosas(principalmente) têm feito uso de "máscaras" no decorrer de toda a história humana.
No campo religioso, nem precisamos nos dar ao trabalho de sermos minuciosos, visto que a hipocrisia sempre repousou no seio da religião.
Os fariseus, nos dias de Cristo, eram extremamente "mascarados". O próprio Jesus Cristo disse acerca desse movimento religioso:
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade." - Mateus 23:27,28
De lá pra cá não tem sido diferente. O Grande Império Católico foi manchado com sangue inocente e devassidão, bem como com ganância e fanatismo que gerou e ainda gera muito preconceito. As igrejas oriundas do movimento protestante não são exceção; basta lermos os jornais e/ou assistirmos à televisão para nos depararmos com inúmeras denúncias de abusos sexuais, extorsão e muitas outras falcatruas praticadas pelas religiões ditas cristãs.
Uma religião, porém, merece maior atenção quando o assunto é o uso da mácara da hipocrisia. É uma religião que conta com mais de 6 milhões de membros espalhados em 235 países. A entidade jurídica que representa essa religião é a Watch Tower Society (Sociedade Torre de Vigia). Os membros de tal Organização, as TESTEMUNHAS DE JEOVÁ, têm suas mentes manipuladas por um grupo de 10 homens que formam o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová e decidem o que cada membro fará com a própria vida despachando 'ordens' do escritório central em Brooklyn, Nova Iorque-EUA.
As Testemunhas de Jeová não se dão conta das coisas que sua Organização, que julgam ser a única porta de salvação, vem fazendo para mascarar seus desatinos.
Os membros crédulos dessa religião não sabem do envolvimento da Watch Tower com a ONU(Organização das Nações Unidas), que "sempre" foi condenada pelos jeovistas como sendo uma instituição que representa o Diabo na Terra; " a fera que reascende do abismo". Durante 10 anos, a Watch Tower esteve associada à ONU, sem que seus membros ao redor do mundo soubessem. Os líderes desistiram rapidamente da parceria com a ONU depois de um jornal inglês ter exposto a hipocrisia em outubro de 2001.
Na tentativa de continuar julgando seus membros como se fazia nos tribunais da Inquisição, a Watch Tower cometeu perjúrio contra a Corte Européia no caso da Bulgária. Assinou um documento no qual afirma que não expulsaria (DESASSOCIARIA) uma pessoa que aceitasse transfusões de sangue. Acontece que, internamente, o Corpo Governante fez ajustes para a pessoa sofresse as mesmas sanções religiosos sem, com isso, violar o documento. Na Bulgária, quem aceita trasnfusão de sangue não é desassociado; a Comissão da Congregação que julga o caso determina que o ato da pessoa ao aceitar indica que ela(a pessoa) não mais quer ser Testemunha de Jeová e, portanto, está se dissociando (cujo tratamento é igual ao de expulsão).
Sabem as Testemunhas de Jeová do Brasil, por exemplo, dessa jogada?
São inúmeras as doutrinas, os ensinos, o comportamento e o tratamento dispensado aos "errantes" que denunciam as Testemunhas de Jeová como uma Organização Mascarada.
Veremos em diversos artigos, argumentos convincentes e suficiente respaldo para termos a certeza de que a Sociedade Torre de Vigia e seu Corpo Governante têm enganado milhões de pessoas desde seu surgimento em 1879.